(...) e na hora da canção ela abertou os olhos, ele estava ali, longe demais e ouvindo a mesma música, mas com toda a certeza ele tinha outro sentimento. Ela tinha a saudade, a vontade de sair dali, ir ao encontro dele, e deixar-se respirar devagar, com os batimentos rápidos exatamente como quando o abraçou, queria de novo, queria ali, queria mais perto, queria a voz doce no seu ouvido perguntando-lhe o motivo daquela respiração, e talvez naquele segundo momento, ela poderia responder a pergunta dele, com o som alto, com o corpo colado, e com o sorriso nos olhos, mas não deu tempo, no meio da canção ela se lembrou, havia um orgulho que ela havia criado para se proteger... talvez agora desse certo, abriu os olhos e cantou, o mais alto que pode, pregada ao chão.
THEORY OF LIFE.
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